25 março 2008

Relembrando uma era: Super Mario World


Por Gustavo Assumpção

A partir de agora inauguraremos uma nova seção no nosso blog, para relembrarmos grandes sucessos do passado. E para iniciar, resolvemos escolher esse que é considerado por muitos a criação máxima do bigodudo do mundo dos games.

Super Mario World foi lançado em 1990 no Japão, depois do grande sucesso do game anterior da série Super Mario Bros. 3, que havia alcançado números surpreendentes em vendas, até mesmo para os padrões Nintendo. Desde a fase inicial do seu desenvolvimento, Mario World dava sinais de que superaria todo e qualquer game já feito pela gigante japonesa. E isso se onfirmou com a chegada às lojas do game definitivo da série em 21 de novembro de 1990.

Agora relembraremos os grandes momentos desse sucesso que foi responsável pela liderança do Super Nintendo em uma disputa apertada com o Mega Drive da Sega, alcançando mais de 10 milhões de cópias vendidas.

O que ele trouxe de novo?

Super Mario World conseguiu de forma absolutamente magistral evoluir os conceitos que a série havia inventado. Entre as novidades que foram implementadas talvez a mais marcante tenha sido a criação de um dos grandes personagens do universo Mario: Yoshi. Para alguns apenas mais um, para outros um poço de carisma que merecia seu próprio game (que acabou vindo tempos depois), Yoshi conseguiu se tornar um personagem indispensável em toda a série.

Presente em diversas cores diferentes (azul, amarelo, verde, azul), cada tonalidade possuía um diferencial com relação aos demais. O Yoshi vermelho, por exemplo, quando engolia algum casco de tartaruga, cospia fogo. Se fosse o Yoshi azul, qualquer casco rendia a habilidade de voar. Essa pluralidade permitia ao jogador elaborar diferentes estratégias nas diversas fases.

Outros avanços foram marcantes. Ninguém se esquece dos Switches de cores diferentes, que deveriam ser preenchidos em fases especiais, ou então da inédita possibilidade de duas maneiras diferentes de se terminar uma mesma fase. Isso claro sem esquecer dos muitos chefes diferentes e carismáticos e de um design perfeito de fases e inimigos.

Uma das coisas que mais surpreendia era a quantidade imensa de movimentos diferentes. Ao todo, eram mais de 40, realizados sem nenhuma complicação pelo jogador. Com o uso do direcional e mais dois botões (A ou B / X ou Y), era possível derrapar, derrotar inimigos, voar, nadar, correr, e muitas outras habilidades.

Profundidade e carisma.

Talvez o ponto mais marcante dessa obra-prima esteja no design de fases. De maneira inédita, criatividade e competência foram somados como nunca se havia visto em um game anterior do gênero. Fases em locais inimagináveis e ao mesmo tempo brilhantes, que iam desde uma floresta até mesmo uma ilha de chocolates, todas com inimigos próprios e cativantes, que casavam perfeitamente com as situações. Simplesmente fantástico. Abaixo segue uma lista de todos os mundos. Quem nunca ficou perdido na Forest of Illusion ou não sofreu para achar todas as saídas do Valley of Bowser?

1º Mundo: Yoshi´s Island– O primeiro local do game era o local de morada do dinossauro Yoshi. Tartarugas de todos os tipos eram os principais inimigos. No castelo seu objetivo era derrubar Iggy Koopa, o chefe dessa área, de um barco flutuante em um rio de lava.

2ºMundo: Donut Plains – Nesse nível o jogador é apresentado para a primeira casa fantasma. Aqui também se pode voar pela primeira vez após conseguir a Feather. O chefe aqui era Morton Koopa.

3ºMundo: Vanilla Dome – Dentro de uma caverna, essa é considerada uma das áreas mais complexas. Fases aquáticas e muitos segredos estão escondidos em suas diversas passagens. O chefe do castelo é Lemmy Koopa em um castelo nada fácil para os mais novos.

4ºMundo: Forest of Illusion – Um mundo extremamente complexo, com saídas que não davam em local nenhum. O jogador corria o risco de ficar perdido se não ficasse atento e procurasse passagens escondidas nas fases. Mesmo assim, brilhou pelo extremo cuidado com que cada elemento foi colocado em seu devido lugar. Fantástico. No castelo seu objetivo era derrotar Ludwig Von Koopa.

5ºMundo: Chocolate Island – Mais um design incrível. Aqui inimigos estranhos te aguardavam em fases longas, mas muito prazerosas. Destaque para as passagens secretas e para algumas fases bastante complexas. No fim, Ruy Koopa o aguardava.

6ºMundo: Valley of Bowser – Curiosamente, era mais fácil que seu mundo anterior. Apesar desse pequeno detalhe, era ambientalmente perfeito para ser o lar do causador de toda maldade: Koopa.

Star Road – Esse é um dos locais secretos do jogo. Em cada área, a partir do nível Donut Plains, você poderia liberar uma fase secreta, onde uma cor do Yoshi era protagonista. Vencendo todas, as fases especiais eram desbloqueadas.

Special World – Somente os grandes jogadores conseguiam chegar até esse desafio. A dificuldade era grande e algumas fases (principalmente a Tubular) exigiam paciência e empenho do jogador. Ao final os parabéns e um “você é um ótimo jogador!”.

Em todos esses níveis, inimigos com os mais variados poderes estavam presentes. Alguns surpreendiam, outros irritavam. Mas todos tinham uma capacidade incrível de causar alguma reação no jogador. Mais um parabéns merece ser dado a equipe de desenvolvimento por ter conseguido tanto êxito no desenvolvimento. Um exemplo para hoje, que infelizmente não é seguido pela maioria das produtoras. Os games devem ser pensados para oferecer uma experiência rica desde o primeiro momento até o último. Coisa rara hoje.

Trilha sonora e visual incríveis

Outros dois pontos foram destaque quando Super Mario World foi lançado. Primeiro, a excelente trilha sonora, claro, de composição de Koji Kondo. O tema de Bowser e das fases especiais são marcantes. Isso sem contar o som da lava e das casas mal assombradas e todo tipo de efeito sonoro. Os games mais recentes da série usam até hoje versões dos efeitos dos itens principais

O outro destaque fica por conta do visual de SMW. Na época de seu lançamento era de longe o melhor que algum game já havia conseguido. Cores fortes, animação fluente, cenários grandes e fases com cenários geniais estavam presentes. Curiosamente, o que Mario World causou para o Super Nintendo é comparável ao que Mario Galaxy vem causando ao Wii...

Obra-prima mor

Não têm jeito. Enquanto existirem games, Mario World será lembrado como exemplo. 96 saídas diferentes, fases profundas e completas, inimigos cativantes. Tudo era perfeito. Mas bato em uma tecla. O que faz dele um game tão grandioso era justamente sua simplicidade de apenas divertir, sem se preocupar com bobeiras irrelevantes. E em diversão World permanece até hoje imbatível.

Um comentário:

Neo Raph disse...

fantastico
excelente matéria do pra mim.. melhor jogo de todos

parabens